sábado, 28 de novembro de 2009

Quase

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Sarah Westphal

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Reflita

A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida". Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de ator, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se uma, outra, e mais outra, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua.. !            
    Pedro Bial

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Vídeo sobre a "Passeata da Paz"



Passeata que de Paz só tem o nome, pois acaba com assalto e quebra pau entre políticos.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

"Você pode pensar muitas coisas
pode achar que nada supera o capitalismo
ou ter certeza que o comunismo é a única saída.

Você pode pensar que existe vários deuses,
um, nenhum
ou que eles eram astronautas.

Você pode ter varias teorias da conspiração
pode saber quem matou Kennedy.
Acreditar que a viagem à lua foi uma grande farsa
ou que Elvis está vivo.

Você pode pensar que a televisão é mais um eletrodoméstico na sua vida
ou que é uma das maiores intenções da humanidade.

Você pode pensar muitas coisas.
A única coisa que você não pode fazer é não pensar."

Comercial Futura
Relato Pessoal do livro Capão Pecado

Seja diferente

O livro Capão Pecado foi gostoso de ser lido pôr primeiramente eu gostar de ler sobre favela e por ser um livro escrito de uma forma interessante, com a própria linguagem do gueto, mostrando a vida de lá com um ponto de vista de quem vive lá e não com o olhar somente daqui de fora. Um livro que me ajudou a tirar ainda mais meu olhar preconceituoso sobre a favela, que me fez olhar a favela de outro modo, vendo que muitos que moram lá estão no caminho “errado” não por vontade própria, mas sim por falta de opção.

Favelado? Ui, eu quero distância, só pode ser bandido mesmo. Ir à favela? Jamais, só se eu estiver a fim de morrer. Esses são tipos de frases que grande parte da sociedade diz quando o assunto diz respeito às favelas. Frases que por sua vez são altamente preconceituosas, pois parece que na favela só há bandidos, traficantes, piriguetes, drogados, e que lá na comunidade só há troca de tiro, assalto, assassinato, bala perdida. É claro que tudo isso ocorre nas favelas, mas isso não acontece somente dentro das favelas, e sim em todos os outros lugares.

Essa vida na favela é o que o livro Capão Pecado de Férrez retrata. Nele contem histórias de pessoas e jovens comuns que moram na favela de Capão Redondo, retratando o cotidiano delas, que aparentemente são de pessoas que não tem nenhum futuro – Aquele futuro sonhado pela sociedade em geral - aonde em sua maioria são usuários de drogas, bandidos, traficantes e assassinos. Ver desde criança crimes acontecendo, barulho de tiros de metralhadoras, um lugar sem estrutura adequada de moradia, educação e saúde, por exemplo, faz a vida dessas crianças na favela ser complicada. Tornando “verdade” apenas o que essa elite fala, gosta e usa.

As palavras e xingamentos utilizados, as músicas ouvidas, as roupas vestidas, fazem que a sociedade olhe para a periferia com um olhar preconceituoso, sem saber respeitar os gostos dos outros, as supostas verdades e supostas mentiras vividas pelos outros. É por esses e outros motivos que à favela é tão recriminada e rebaixada pela tal chamada “classe média” e “classe alta”, que tomam por “verdade” apenas o que essa elite socioeconômica fala, gosta e usa. Isso é retratado na música Rap da felicidade de MC Cidinho e Doca que diz assim: “Enquanto os ricos moram numa casa grande e bela / O pobre é humilhado, esculachado na favela”.

O livro Capão Pecado fala com a linguagem que toda a população brasileira utiliza, e não apenas as pessoas dos guetos. Mostra a realidade das favelas, onde “nada são flores” e que até o mais honesto pode se corromper por alguma coisa, como foi o caso de Rael – personagem principal do livro –, pois além de tudo, morando na favela ou em bairro nobre, somos todos seres humanos e não estamos livres de cometer erros.

Não seja mais um brasileiro com esses olhares e pensamentos preconceituosos, amplie sua visão e veja que nem sempre as coisas são como a maioria pensa.
Lágrima de preta

Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

António Gedeão
Ser negro é ser

Ser negro é ter a pele
pintada de dor e beleza.

É ter consciência de que
consciência, ainda não
existe.

Ser negro é ser dono da
alegria, e generosamente
dividi-la entre os filhos
do preconceito.

Ser negro é ser brasileiro
duas vezes.

É gritar não aos nãos
da vida.

Ser negro é ter a liberdade
disfarçada de alma.

Ser negro é ser.

Sintia Regina de Lima e Lira
O SOBREVIVENTE

Impossível compor um poema a essa altura da evolução da humanidade.
Impossível escrever um poema - uma linha que seja - de verdadeira poesia.
O último trovador morreu em 1914.
Tinha um nome de que ninguém se lembra mais.

Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades mais simples.
Se quer fumar um charuto aperte um botão.
Paletós abotoam-se por eletricidade.
Amor se faz pelo sem-fio.
Não precisa estômago para digestão.

Um sábio declarou a O Jornal que ainda falta
muito para atingirmos um nível razoável
de cultura. Mas até lá, felizmente, estarei morto.

Os homens não melhora
me matam-se como percevejos.
Os percevejos heróicos renascem.
, o mundo é cada vez mais habitado.
se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio.

(Desconfio que escrevi um poema.)

Carlos Drummond de Andrade
O que é Projeto Nurc?
Projeto de Estudo da Norma Lingüística Urbana Culta

Fundação
O Projeto da Norma Lingüística Urbana Culta foi criado, em âmbito nacional, em 1969, com a indicação dos coordenadores para as cinco cidades em que se desenvolveria o projeto, selecionadas de acordo com os seguintes critérios: ter pelo menos um milhão de habitantes e estratificação social suficiente para atender às exigências do projeto. A coordenação do projeto no Recife coube ao professor José Brasileiro Tenório Vilanova, titular de Língua Portuguesa na Universidade Federal de Pernambuco. No Recife, os trabalhos começaram oficialmente em 1971, com a seguinte equipe: Amara Cristina de Barros e Silva Botelho, Adair Pimentel Palácio, Edileuza dos Santos Dourado, Eneida Martins de Oliveira, Glécia Benvindo Cruz, José Ricardo Paes Barreto, Maria Núbia da Câmara Borges e Maria da Piedade Moreira de Sá. O Projeto NURC se insere na linha de pesquisa “Análise Sócio-Pragmática do Discurso, do PPGLetras.

Objetivo
O Projeto de Estudo da Norma Lingüística Urbana Culta (Projeto NURC) tinha inicialmente o objetivo de documentar e descrever a norma objetiva do português culto falado em cinco capitais brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. A partir de 1985, considerando as novas tendências de análise lingüística, ampliou-se o escopo do projeto, no sentido de abraçar outros aspectos, tais como: análise da conversação, análise da narrativa, análise sócio-pragmática do discurso e outros.

Principais Linhas de Pesquisa

1. Análise da Narrativa
2. Análise Crítica do Discurso
3. A metalinguagem na conversação
4. Relações intra-oracionais na conversação
O que é gramática normativa? O que é gramática descritiva?

Chama-se gramática normativa a gramática que busca ditar, ou prescrever, as regras gramaticais de uma língua, posicionando as suas prescrições como a única forma correta de realização da língua, categorizando as outras formas possíveis como erradas.

Frequentemente as gramáticas normativas se baseiam nos dialetos de prestígio de uma comunidade lingüística.

Embora as gramáticas normativas sejam comuns no ensino formal de uma língua, a sociolingüística vem favorecendo o estudo da língua como ela realmente é falada, e não como ela deveria ser falada.

A gramática descritiva é uma gramática que se propõe a descrever as regras de como uma língua é realmente falada, a despeito do que a gramática normativa prescreve como "correto". É a gramática que norteia o trabalho dos lingüistas que pretendem descrever a língua tal como é falada.

As gramáticas descritivas estão ligadas a uma determinada comunidade lingüística e reúnem as formas gramaticais aceitas por estas comunidades. Como a língua sofre mudanças, muito do que é prescrito na gramática normativa já não é mais usado pelos falantes de uma língua. A gramática descritiva não tem o objetivo de apontar erros, mas sim identificar todas as formas de expressão existentes e verificar quando e por quem são produzidas.

Vocabulário de “Dias de sombra, dias de luz”

- Acuidade: s.f. Qualidade do que é agudo, perspicácia, finura.
- Alçada: s.f. Jurisdição, competência.
- Antinomia: s.f. Contradição entre duas leis ou princípios; oposição recíproca.
- Aviltante: adj. Humilhante, desonroso.
- Barbárie: s.f. Estudo ou condição de bárbaro; selvageria.
- Carnificina: s.f. Mortandade; extermínio; chacina.
- Clemência: s.f. Indulgência; piedade, perdão.
- Clichê: s.m. Chapa metálica onde está reproduzida em relevo uma imagem destinada à impressão; chapa fotográfica negativa; frase ou expressão muito repetida, lugar-comum.
- Despudor: s.m. Impudor; sem-vergonhice; desonestidade; descaramento.
- Dirimir: v.t. Solucionar; resolver.
- Disforme: adj. Monstruoso; extraordinário; deformado.
- Emergir: v.int. Aparecer; surgir, repontar.
- Encastelado: adj. Sobreposto; acastelado.
- Espasmos: s.m. Contradição súbita e involuntária dos músculos; convulsão; cólica.
- Espectro: s.m. Imagem alongada e corada resultante da decomposição da luz (natural ou artificial) através de um prisma; fantasma; assombração; disposição das freqüências de uma radiação em ordem crescente.
- Indulgência: s.f. Clemência; perdão dos pecados; perdão.
- Patológica: adj. Que diz respeito à patologia.
- Prerrogativa: s.f. Regalia; privilégio; direitos garantidos.
- Promíscuo: adj. Misturado; confuso; imoral.
- Recalcado: adj. Que sofre de recalque; bem calcado; concentrado; diz-se do individuo que foge do trabalho.
- Recalcar: v.t. Calcar de novo; repisar; comprimir; reprimir; refrear; conter.
- Retórica: s.f. Arte de bem falar; conjuntos de regras relativas à eloqüência.
Análise do filme Billy Elliot

Ballet: dança, arte. Para quê determinar o sexo do individuo para praticar uma dança? Por que determinar um padrão? A arte e a dança é sentimento, o individuo tem que sentir e então decidir a dança e a arte que quer praticar. Mas nem sempre é assim que acontece.

A sociedade estabelece um padrão, uma norma para o individuo. Isso acontece até para a dança. De acordo com esse padrão social o Ballet é dança de mulher, homem não pode dançar e se dançar Ballet esse homem é homossexual.

Esse padrão gera um enorme preconceito ao dançarino de Ballet. É evidente que existem dançarinos gays, mas nem todos são e a sociedade pega uma parte pelo todo e julga. Esse preconceito não é só pelo homem que dança Ballet, mas também, por exemplo, ao homem que preferi o rosa do que o azul – outro padrão da sociedade.

O filme Billy Elliot retrata muito bem a dança do Ballet e os preconceitos, sendo o mais evidente o preconceito do homem que dança Ballet. Esse preconceito geralmente começa da própria família, que começa a questionar o homem que está dançando Ballet, perguntando o por que de estar dançando Ballet, julgando-o que virou gay. Mas se o homem optou em ser homossexual, qual o problema? Cada um tem suas idéias e convicções, sendo que a sociedade não tem que se intrometer, porém isso infelizmente não acontece.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Poema Concretista

Percebe-se que as coisas que acontecem de ruim são em grande escala e com letras mais escuras, e a boa - no poema, a educaçãp - é vista mais apagada. O que levando para nossa sociedade é o que acontece. A mais acontecimentos ruins do que os acontecimentos bons, e os ruins são mais vistos pela sociedade do que os acontecimentos bons.

Uma Fábula de Millôr Fernandes:

O Rei dos Animais

Saiu o leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas. Os tempos tinham mudado muito, as condições do progresso alterado a psicologia e os métodos de combate das feras, as relações de respeito entre os animais já não eram as mesmas, de modo que seria bom indagar. Não que restasse ao Leão qualquer dúvida quanto à sua realeza. Mas assegurar-se é uma das constantes do espírito humano, e, por extensão, do espírito animal. Ouvir da boca dos outros a consagração do nosso valor, saber o sabido, quando ele nos é favorável, eis um prazer dos deuses. Assim o Leão encontrou o Macaco e perguntou: "Hei, você aí, macaco - quem é o rei dos animais?" O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu um salto de pavor e, quando respondeu, já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta: "Claro que é você, Leão, claro que é você!".
Satisfeito, o Leão continuou pela floresta e perguntou ao papagaio: "Currupaco, papagaio. Quem é, segundo seu conceito, o Senhor da Floresta, não é o Leão?" E como aos papagaios não é dado o dom de improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o papagaio: "Currupaco... não é o Leão? Não é o Leão? Currupaco, não é o Leão?".
Cheio de si, prosseguiu o Leão pela floresta em busca de novas afirmações de sua personalidade. Encontrou a coruja e perguntou: "Coruja, não sou eu o maioral da mata?" "Sim, és tu", disse a coruja. Mas disse de sábia, não de crente. E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais alto de cabeça. Encontrou o tigre. "Tigre, - disse em voz de estentor -eu sou o rei da floresta. Certo?" O tigre rugiu, hesitou, tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e disse, rugindo contrafeito: "Sim". E rugiu ainda mais mal humorado e já arrependido, quando o leão se afastou.
Três quilômetros adiante, numa grande clareira, o Leão encontrou o elefante. Perguntou: "Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei, Imperador, Presidente da República, dono e senhor de árvores e de seres, dentro da mata?" O elefante pegou-o pela tromba, deu três voltas com ele pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro. O Leão caiu no chão, tonto e ensangüentado, levantou-se lambendo uma das patas, e murmurou: "Que diabo, só porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado".

M O R A L: CADA UM TIRA DOS ACONTECIMENTOS A CONCLUSÃO QUE BEM ENTENDE.

domingo, 31 de maio de 2009

Comida
Titãs

Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...

A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...

A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer...

Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...

A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Prá aliviar a dor...

A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade...

Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...

Diversão e arte
Para qualquer parte
Diversão, balé
Como a vida quer
Desejo, necessidade, vontade
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!
Necessidade...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

"Tenha sempre presente que a pele se enruga, o cabelo embranquece, os dias convertem-se em anos...Mas o que é importante não muda:a tua força e convicção não têm idade.O teu espirito é como qualquer teia de aranha.Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida.Atrás de cada conquista, vem um novo desafio.Enquanto estejas viva, sente-te viva.Se sentes saudades do que fazias, volta a fazê-lo.Não vivas de fotografias amarelecidas...Continua, quando todos esperam que desistas.Não deixes que enferruje o ferro que existe em ti.Faz com que em vez de pena, te tenham respeito.Quando não consigas correr através dos anos, trota.Quando não consigas trotar, caminha.Quando não consigas caminhar, usa uma bengala.Mas nunca te detenhas!"

Madre Teresa de Calcutá

QUERER É PODER...E EU POSSO!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Resumo crítico do texto Dias de sombra, dias de luz

Guerras, crimes, violência, morte. Acontecimentos diários no Brasil e no mundo. O texto Dias de sombra, dias de luz mostra essa realidade na sociedade brasileira. Um país aonde os crimes vão aumentando e surgindo cada dia crimes mais bárbaros e cruéis. Um país onde julgar não é tão fácil, pois tem toda uma circunstância por traz dos crimes, vários fatores onde dizer se é justo ou injusto é complicado e que não se resolve apenas com leis. Sim, o culpado tem que ser punido, mas como podemos punir com tanto rigor se o garoto adolescente não teve oportunidade de ter pais e amor – como por exemplo do caso de João Hélio – e conseqüentemente não ter esse sentimento pelo próximo? Uma situação sempre tem dois lados e fazer justiça para um pode ser injustiça para o outro. Não foi dada ao garoto assassino a oportunidade de ter pais, mas isso também não justifica sua atitude ao matar a criança. Por isso e outros motivos é duvido dizer o que deve ser feito. Portanto, o Brasil só vai ser melhor quando os políticos pararem de pensar em si próprio e investir na grande parte da população que eles acham ser burros e ignorantes. Passar a ter igualdade entre os brasileiros. Deixar de ser dois mundos distintos e diferentes, mas sim um só mundo, onde todos devem viver unidos, sempre sonhando e tendo apenas dias de luz.
Resumo de citação do texto Dias de sombra, dias de luz


- "Sem o sonho de que os tempos sombrios passarão, viver serve para quê?"


- "Será que somos uma aberração coletiva apelidada de nação?"


- "O dilema é mais difícil do que se costuma fazer crer."

- “Dispomos, em português, de uma palavra para designar filhos que perdem pais, qual seja, “órfão”; não dispomos de palavra alguma para nomear o que se torna um pai ou uma mãe que perde um filho. Este estado é feito de uma dor que não se inscreve na linguagem.”


- "Eis uma das chaves da saída: um só mundo, um só povo."


- "Sonho de bobo alegre, dirão os cínicos."
Dias de sombra, dias de luz.
Jurandir Freire Costa

Sem o sonho de que os tempos sombrios passarão, viver serve para quê?
Começo pelas sombras. O Brasil vive uma escalada da violência urbana desorientadora. Quando a lista de atrocidades parecia esgotar-se, aparece mais uma figura do medonho, do horror dos horrores, a morte do menino João Hélio. Será que somos uma aberração coletiva apelidada de nação? Será que somos uma civilização sem amanhã? Talvez sim, talvez não. Seja como for, para evitar o dano mais grave é preciso admitir o evidente: criamos uma sociedade inconseqüente que se vê a braços com o pior efeito da inconseqüência humana: a carnificina monstruosa, na qual crianças matam crianças, sem se dar conta da imoralidade do que estão fazendo.
O assassinato de João Hélio por um adolescente que afirmou “não saber o que significa perder um filho assassinado porque nunca teve filho” mostra a face disforme do imaginário da terra de palmeiras onde cantam sabiás. O adolescente que disse ignorar o que é a dor de perder um filho assassinado porque nunca teve filho, exibiu, sem se dar conta, sua patológica cegueira de valores. Mas, sobretudo, mostrou que nunca teve a chance de saber o que é um pai, uma mãe, um filho, enfim, o que é amar e perder um ser amado a quem se deu a vida. Ao ser privado dessa experiência afetivo-moral básica, o jovem criminoso também foi privado de conhecer a distinção entre o justificável e o injustificável. A impiedosa engrenagem da miséria triturou sua capacidade de introjetar o sentido ético do que Levinas chamou de “infinita responsabilidade pelo Outro”!
Aí, porém, reside a trágica antinomia da condição humana. Apesar de não ter controle sobre as causas que o levaram a agir como agiu, o garoto é responsável pelo que fez, a menos que o consideremos um puro espectro humanóide, o que seria incomensuravelmente mais desumanizante. Podemos, é claro, conceder-lhe o benefício da ausência de consciência plena do crime cometido; podemos olhar com clemência a dolorosa história de vida que o fez praticar o que praticou, mas não podemos isentá-lo da autoria do seu ato. Conclusão: é nosso dever ético condenar e procurar mudar, por todos os meios possíveis, regimes socioeconômicos que favoreçam a formação moral de pessoas sem consciência do que seja crueldade. Caso contrário, estaremos permanentemente expostos a um terrível impasse ético, qual seja, não saber como julgar alguém que não teve condições de dar sentido a palavras como culpa, crime e castigo.
Renato Janine Ribeiro, ao comentar o homicídio do menino João Hélio, exprimiu esse mal-estar. A fantasia de vingança contra o assassino que lhe veio ao espírito, entretanto, nem significou incitação à tortura – longe disso!-, nem neutralidade moral em relação ao Bem e ao Mal. De minha perspectiva – e pode haver outra que não seja pessoal? -, ao escrever o que escreveu, ele pensou em carne viva e revelou um aspecto recalcado de nossa cultura, o convívio promíscuo com a barbárie. Reagindo como reagiu, mostrou o barro de que todos somos feitos, e seu discurso, por isso, foi objeto de numerosas contestações. Compreendo o sentido das objeções feitas, mas não concordo com a maioria delas.
Nós, universitários ou acadêmicos, não somos anjos prudentes com uma régua de virtudes à mão, prontos para dirimir, judiciosa e incansavelmente, o que é joio e o que é trigo. Nossa tola vaidade nos faz pensar, muitas vezes, que “os outros”, os incultos ou conservadores, podem tropeçar na própria ignorância e não saber o que dizem ou dizerem “não sei”. Nós, não! Nós somos embaixadores do Iluminismo, do Humanismo ou de qualquer outro “ismo”. Por conseguinte, vir a público falar do que sentimos em momentos de comoção moral e intelectual significa confessar o pecado leigo de lesa-razão! Crime, diz-se, é com a justiça, e fora da justiça não há salvação. Porém, o que chamamos de justiça, entendida como lei ou direito instituídos, não nasce da cabeça de Zeus. Nasce de um sentimento anterior, pré-reflexivo e pré-racional, adquirido mediante experiências psicológico-morais primárias, que ao longo das vidas pessoais e da vida cultural tornam-se familiares. Acontecimentos extraordinários do ponto de vista moral podem, assim, fazer-nos hesitar quanto à propriedade e a natureza do que julgamos justo ou injusto. Nestas situações, o moralmente indecidível pode emergir, posto que a enormidade do fato ocorrido força-nos a oscilar, de modo ambivalente, entre o “impiedoso, frio e impessoal” e o “compassivo, passional ou leniente”. Esse é um dos efeitos mais nocivos da anomia cultural: suportar a dúvida de estar sendo, simultaneamente, injusto com a vítima e com o algoz. No caso de João Hélio, como decidir entre a piedade devida a cada um e a equanimidade devida a todos? O que é mais justo: pedir o endurecimento na punição do responsável pela morte de uma criança inocente brutalmente assassinada ou argumentar, em favor do adolescente assassino, que ele jamais teve condições de entender, por questões psicológico-sociais, que o direito à vida é uma prerrogativa de qualquer ser humano?
Pode-se responder: podemos ficar ao lado dos dois, escolher um lado contra o outro, ou não querer pensar no assunto, pouco importa. O fundamental é que isto é da alçada da justiça válida para todos e não do arbítrio voluntarista ou dos espasmos emocionais de um só. Em parte, é verdade. Mas qual justiça, volto a perguntar? A dos códigos e protocolos ou a da aspiração ao respeito absoluto e inegociável pela singularidade do outro? O dilema é mais difícil do que se costuma fazer crer. Como bem apontou Olgária Mattos, não por acaso, Adorno, no julgamento dos nazistas, foi levado a dizer algo mais ou menos assim: não faria o menor gesto para condená-los à morte; não faria o menor gesto para poupá-los da morte! No mesmo tom, não foi algo semelhante que levou Hannah Arendt a dizer que há crimes sem perdão, pois aqueles a quem competeria perdoar já não podem mais fazê-lo, por terem sido mortos?
Naturalmente, o infeliz garoto assassino não é um nazista. Ele é um sobrevivente social a quem foi sonegada a mais elementar possibilidade de valorizar a vida do próximo. Isso – creio e defendo – é razão suficiente para julgarmos seu crime com indulgência, mas não é motivo para recalcar o horror que podemos sentir, ao imaginar o que João Hélio sofreu e o desespero alucinadodos pais que viram o filho ser morto como foi. O gênio da língua tarda, mas não falta. Dispomos, em português, de uma palavra para designar filhos que perdem pais, qual seja, “órfão”; não dispomos de palavra alguma para nomear o que se torna um pai ou uma mãe que perde um filho. Este estado é feito de uma dor que não se inscreve na linguagem. Ele é provação extrema; é o mais escuro vazio e a mais lenta agonia; é algo que nenhuma lágrima apaga, porque é a nudez implacável da morte no coração de uma vida que gostaria de não mais ser, e, que, no entanto, é obrigada a continuar sendo.
Diante dessa desmedida, afirmar que não se sabe o que fazer ou que se pode experimentar desejos de retaliação não significa jogar a ética na lama; significa mostrar que a malignidade de algumas circunstâncias sociais podem fazer o discernimento ético vacilar. Para alguns, isto é retórica vazia ou falta de coragem para tomar partido. Mas agir e pensar com justiça não é questão de tomar partido; é questão de experimentação sócio-moral, como sustentaram James, Dewey, Rorty; é questão de apostar, sem garantias e com riscos de frustração, na boa-vontade de nossos parceiros de vida em comum; é questão, enfim, do “perigoso talvez”, tão repetido pelo saudoso Derrida. O que fazer, então, para sanar este estado de coisas? Não há resposta fácil. Como, por exemplo, combater a secular injustiça brasileira, reforçando, ao mesmo tempo, as instituições democráticas, se dependemos, para isso, de parlamentares, que, na maioria, sequer se dão ao trabalho de ocultar do público a baixeza de seus mesquinhos interesses? Como fazer deste país um país tolerante, se os líderes intelectuais, empresariais, políticos etc, comportam-se como fanáticos encastelados em seitas ideológicas, sempre prestes a renunciar ao diálogo e à persuasão e a desqualificar com arrogância ou desdém a opinião do opositor? Como, enfim, restaurar o princípio da boa-fé atribuível, em primeira mão, ao outro, se vemos líderes políticos mentir despudoradamente ou empresários da locomotiva agrícola falando de “liberalismo”, enquanto literalmente escravizam ou deixam morrer por exaustão física seus empregados?
Não sou derrotista ou desistente. Há coisas nas quais podemos acreditar porque existem e podem ser feitas. Dou dois exemplos. O primeiro é o da conversa recente entre o ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, e três governadores recém-eleitos. O ex-prefeito foi direto ao ponto: “polícia sem cidadania e sem reforma urbana é o mesmo que nada”. E, prosseguiu, “quando era prefeito, ao invés de gastar US$ 2,2 bilhões em auto-estradas que beneficiariam 15 %o da população de Bogotá, decidi usar o dinheiro em transporte público, e, com o que sobrou, investir em escolas de qualidade, bibliotecas, parques, ciclovias e melhorias das calçadas. Nós demos a cidade aos pobres que não tinham como usá-la”.
Tão simples quanto isso. Por que, então, já não fizemos o óbvio? Porque, de um lado, o arcaico senhoriato empresarial-político brasileiro empenhou-se em fabricar uma caricatura dos mais pobres como um bando de desclassificados indolentes, reprodutores irresponsáveis de criaturas que não sabem como alimentar e educar, e que, por isso mesmo, não merecem viver na mesma cidade que eles; de outro, porque boa parte dos que têm poder de agir na esfera pública e criticam essa concepção indigna do povo brasileiro demitiu-se, por cansaço ou decepção, da tarefa de formar uma elite comprometida com um projeto de nação. Elite, como bem disse a ministra Marina Silva, não é sinônimo de oligarquia vampiresca. Elite são os melhores; os que pensam e agem com a consciência da responsabilidade pública que têm, em função do poder social e da autoridade moral que souberam conquistar no legítimo exercício de seus talentos e competências.
Encontramos, neste ponto, o segundo exemplo, que nos foi dado a ver pelo cineasta João Jardim, em seu belo documentário Pro dia nascer feliz. O filme trata da escolarização de adolescentes brasileiros de pequenas cidades rurais do Nordeste, da periferia das grandes cidades do Sudeste e da alta classe média paulistana. O resultado é impactante. Como seria previsível, presenciamos a trajetória de garotos que terminaram cometendo crimes e foram parar nos aviltantes centros de detenção de menores. O mais importante, contudo, é a surpresa de testemunhar o vigor do desejo de auto-realização e de justiça que anima tantos jovens brasileiros que ainda não sucumbiram á lavagem cerebral do “este país não presta”. Da humilde garota pernambucana que supera obstáculos gigantescos para concretizar suas aspirações literárias ao depoimento de duas garotas da escola paulistana, o que vemos é o desenho humano do que deveria ser uma verdadeira elite. O caso das garotas privilegiadas, em especial, é ainda mais eloqüente, pois contraria em tudo o clichê de alienação e insensibilidade colado aos jovens desse grupo social. Em uma cena, duas dessas garotas conversam, e, ao se referirem à injustiça social que lhes deu tudo, privando a maioria de quase tudo, uma delas diz: “São dois mundos separados”. Ao que a outra, com uma acuidade intelectual cirúrgica, responde: “O pior é que não são dois mundos, é um mundo só”.
Eis uma das chaves da saída: um só mundo, um só povo. Com essa simples consciência, esses brasileirinhos decentes e encantadores mostram que possuem o senso de pertencimento a uma mesma comunidade de tradições, e, portanto, são capazes de reconhecer o direito dos demais ao mesmo respeito e oportunidade que lhes foram dados. No mundo deles – se permitirmos – mortes de inocentes como João Hélio serão lembradas, apenas, como dias de sombras que antecedem os dias de luz. No mundo deles – se permitirmos – a referência do pronome “nós”, na sensível expressão de Rorty, será estendida a todos os brasileiros e a todos aqueles que elegerem nosso país como um bom lugar para se viver. Sonho de bobo alegre, dirão os cínicos. Talvez. Mas – plagiando a rústica Macabéia de Clarice Lispector -, sem esse sonho, viver serve pra quê?

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Até Quando?
Gabriel O Pensador

Não adianta olhar pro céu, com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve, você pode,
você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer
Até quando você vai ficar usando rédea?
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea? (Pobre, rico, ou classe média).
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura.

Até quando você vai levando?
(Porrada! Porrada!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando?
(Porrada! Porrada!)
Até quando vai ser saco de pancada?

Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente, seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante, você tá sem emprego e a sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo, você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!

Refrão

A polícia matou o estudante, falou que era bandido, chamou de traficante.
A justiça prendeu o pé-rapado, soltou o deputado... e absolveu os PMs de vigário!

Refrão

A polícia só existe pra manter você na lei, lei do silêncio, lei do mais fraco: ou aceita
ser um saco de pancada ou vai pro saco.
A programação existe pra manter você na frente, na frente da TV, que é pra te
entreter, que é pra você não ver que o programado é você.
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar.
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar.
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá.
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar.
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar.
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar.
Escola, esmola!
Favela, cadeia!
Sem terra, enterra!
Sem renda, se renda!
Não! Não!!

Refrão

Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda a gente anda pra frente.
E quando a gente manda ninguém manda na gente.
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura.
Na mudança de postura a gente fica mais seguro, na mudança do presente a gente
molda o futuro!
Até quando você vai ficar levando porrada, até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai ficar de saco de pancada?
Até quando você vai levando?


Reflexão:
"Paz sem voz não é paz, é medo!" como dize Marcelo Yuka.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Esse texto de Shakespeare para mim é especial e muito lindo e quero compartilha-lo com todos vocês. Tenha uma boa leitura, beijos.
Paolaa


O MENESTREL – William Shakespeare

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la... E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam... Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa... por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo... mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve. Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão... e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens... Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém... Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

quinta-feira, 7 de maio de 2009




02 - Selecione uma obra de arte que se relacione com o Classicismo e uma que se relacione com o Barroco. Apresente em que aspectos elas se aproximam e se distanciam.

Velasquez -las meninias (Barroco)


















Classicismo
Como diferenças, no Classicismo ocorreu à valorização e representação da cultura greco-latina, enquanto no Barroco havia a representação da vida da monarquia e a da burguesia. No Classicismo os artistas representavam em suas obras o antropocentrismo (o homem como o centro do Universo) já no Barroco havia a representação do Teocentrismo (Deus como centro do Universo). A razão e ciência eram utilizados no Classicismo e a espiritualidade e romantismo no Barroco. Como semelhança, o Classicismo e o Barroco surgiram em torno da Idade Média.

01 - Relacionar as letras de música abaixo com as escolas literárias indicadas:

Para podermos relacionar determinadas músicas com o Trovadorismo precisamos primeiro conhecer o que é o Trovadorismo. Podemos dizer que o trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século XII, em plena Idade Média, período em que Portugal estava no processo de formação nacional.
Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas).
No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em: Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de Escárnio) e Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo).

Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não.

Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.

Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).

Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.

Relação do Trovadorismo(escola literária) com:

O Trovador – Altemar Dutra
Na música retrata o homem que é o vassalo (servo) da mulher, no qual ele sonha que era um trovador e a suserana (a mulher) se encanta com seus versos, historia típica das Cantigas de amor.

Queixa – Caetano Veloso
Vemos na música a historia de um homem que conta sobre o seu grande amor, seu sentimento forte porem triste para a sua amiga, essas características relacionam com a Cantiga de amigo.

Sozinho – Caetano Veloso
Assim como nas Cantigas de Escárnio, a música “Sozinho” faz uso das indiretas e ironia ao se retratar da sua amada.


Incelença pro amor retirante – Elomar

Essa música possui caracteristicas da Cantiga de maldizer, onde o eu lírico fala abertamente para a sua determinada amiga que mudou de cidade ir visitá-la, pois sente sua falta e ela nem da noticiais.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O gigolô das palavras
Luís Fernando Veríssimo

Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa ("Culpa da revisão! Culpa da revisão !"). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então vamos em frente.
Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer "escrever claro" não é certo mas é claro, certo? O importante é comunicar. (E quando possível surpreender, iluminar, divertir, mover... Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática.) A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.
Claro que eu não disse isso tudo para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas - isso eu disse - vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão indispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que outros já fizeram com elas. Se bem que não tenho o mínimo escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito.
Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria a sua patroa ! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção dos lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias pra saber quem é que manda.
Análise de O gigolô das palavras de Luís Fernando Veríssimo


Ele usa a ironia ao falar que suspeitava que o professor dos alunos, se descabelava ao ler suas colunas, onde ele enfrenta as leis da língua padrão. Veríssimo pensava que o professor desses alunos que os mandará ir lhe entrevistar, por isso já estava até preparando sua defesa, isso mostra que ele ficou receoso ao pensar que aquele grupo ia o “desmascarar”. Quando ele usa a frase “Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado?”, ele mostra uma surpresa ao saber que ele, um escritor que foge das leis da gramática irá responder a entrevista na qual há a pergunta se ele acha a gramática indispensável para aprender e usar a nossa língua ou outra qualquer.
Na resposta dele vemos que para ele a linguagem é comunicar, a comunicação e que deve ser julgada como meio de comunicação e não como gramática. Na outra parte da resposta, quando ele fala: “Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis.”, com essa frase vemos que não é preciso saber nem todas as regras básicas e sim algumas das regras básicas da gramática. Isso mostra que para Veríssimo, não cometendo nenhum erro grave já está bom e que o estudo das palavras aprendemos com o uso e não com princípios, ou seja, princípios e regras da gramática. Quando ele afirma que “Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo.”, ele já foge da regra padrão da escrita, na qual deveria ser escrever claramente. Certamente ele sabe que ele fugiu da norma padrão, mas ele faz isso para vermos que mesmo não estando certo gramaticamente estamos entendendo o que ele quer transmitir, o que ele quer comunicar. Agora vamos entender a fala de Veríssimo: “A Gramática é o esqueleto da língua.”, sabemos que o esqueleto é a parte fundamental do corpo, sem ele, eu, você, todos não estaríamos em pé, o mesmo é com a gramática, que é a estrutura, o alicerce da língua e a língua depende da gramática para existir, mas sem a língua a gramática não diz nada, não serve para nada. Na frase “As múmias conversam entre si em Gramática pura.”, a ironia é empregada, pois múmias são mortos e ao conversarem em gramática pura, se quer dizer que a gramática pura é morta, e quem conversa em gramática pura conseqüentemente são mortos.
Ele mesmo admite que não é bom na matéria de Português, que sempre foi péssimo, e que devido a isso existe essa implicância dele com a Gramática. Mas ele fala que mesmo ele não sendo bom na gramática ele consegue ganhar a vida escrevendo. Isso quer mostrar que esse aprofundamento na gramática e suas regras são indispensáveis. Ele fala que é um gigolô das palavras, que depende e vive delas. E no penúltimo e ultimo parágrafo ele faz uma relação do cafetão com as prostitutas, que é a mesma relação dele com as palavras, uma relação de liberdade e intimidade. “Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel.”, ao falar isso vemos que um escritor que respeitar essa intimidade gramatical, ou seja, suas regras e leis, é um imprestável, não tem eficiência, o mesmo quanto um gigolô que se apaixona por sua prostituta. Se isso acontecer, o escritor vira um impotente, sem poder tratar as palavras da forma que ele queira, sem precisar respeitá-la, por isso “A Gramática precisa apanhar todos os dias pra saber quem é que manda.”.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Carta aos professores

Quarta-feira, 15 de Abril de 2009
Meus professores

Por Paola Dias

Meus professores, amores que eu carrego e sempre vou carregar no meu coração. Bênçãos que Deus colocou na minha vida não somente para me ensinar as matérias curriculares, mas também me ensinaram e outros vão me ensinar a viver, a lidar com os problemas da vida e conseguir superá-los.
Nunca vou me esquecer da minha professora de português do 2ª ao 7ª ano do meu Ensino Fundamental, a qual me ensinou as principais regras do Português, ela que foi uma das principais professoras que formaram a aluna que sou hoje.
Outro professor que marcou a minha vida escolar, é o meu ex professor de matemática, o qual é o professor que mais significou a minha vida, pois ele não foi apenas um professor, ele foi um educador pra mim, ele não me ensinou apenas o simples Teorema de Pitágoras, mas me ensinou, me apoiou e me aconselhou na minha própria vida particular.
Sempre vou me lembrar das palavras de ajuda da professora Thamires, dos conselhos do “Fessor” Eduardo, das brincadeiras construtivas de Marcão e dos ensinamentos de Jeorge. Aos demais professores que não citei nesta carta, agradeço-lhes a tudo que me ensinaram.
E durante o resto de minha vida vou conhecer vários professores, nos quais vou aprender diversas outras coisas e também vou transmitir parte do meu conhecimento. Eles, eu vou aprender a amar tanto quanto os outros que eu já tive.
Parabenizo vocês, meus queridos professores, continuem sendo esses educadores maravilhosos e melhorando a cada dia. Aos professores em geral parabenizo por escolherem essa profissão. Uma profissão que é muito bela e importante. Profissão que exige muito amor, dedicação, esforço e paciência, para com alunos que como eu, às vezes não fazem por merecer os professores maravilhosos que têm. Agradeço a todos vocês meus queridos ex e atuais professores. Beijos, da Paola Dias.
Carta de repúdio

CARTA ABERTA À SOCIEDADE BRASILEIRA:MANIFESTO DE REPÚDIO À CORRUPÇÃO POLÍTICA DESSE PAÍS.


Eu venho por meio desta manifestar o meu repúdio à atitude dos políticos do Brasil, que roubam e usam o nosso suado dinheiro, para o seu próprio beneficio em vez de ser usado para ajudar a nossa população.

Para discutirmos sobre algo, primeiramente devemos saber ao que estamos nos referindo. Podemos definir corrupção como o uso de dinheiro ou autoridade para obter vantagens, favorecendo a si próprio, parentes ou amigos.

A corrupção existe em todos os países, não existe nenhum país que a corrupção seja zera, portanto em nosso país também existe. Ela existe e está presente por toda a parte, desde uma loja de bairro até uma empresa multinacional. Desde uma pequena cidade até o país mais poderoso. Onde há dinheiro e pessoas envolvidas há corrupção, nem que ela seja feita por uma pessoa entre cem, à corrupção acontece.

A corrupção é mais evidente em países que não tem democracia e geralmente subdesenvolvidos. É esses países que mais precisam de um governo sem corrupção, um governo que seja honesto e justo com sua população, pois é nesses paises que a população é mais carente e precisa mais da ajuda do governo.

A corrupção de um país infelizmente está presente nos três poderes (legislativo, executivo e judiciário). Até no poder judiciário, na área das leis ocorre corrupção. Onde “mandam” não haver corrupção com varias “palavrinhas” a condenando, também ocorre na mesma.

No Brasil a corrupção é muito evidente. Sempre em jornais e telejornais aparecem reportagens e casos de corrupção em nosso país. Há vários casos que já são muito conhecidos no Brasil e até internacionalmente. Como exemplo pode-se citar o mensalão, que foi um esquema que aconteceu entre 2005 e 2006 no mandado do presidente Lula (PT) entre os deputados, onde era pago como se fosse uma mesada aos deputados, para que eles votassem a favor de projetos de interesse do Poder Executivo.

A corrupção está tão grande no Brasil que a dignidade, a ética, a moral e os princípios das pessoas estão sendo aniquilados por pensamentos totalmente opostos ao moralmente correto. Veem-se muitas pessoas falando: “ah, o prefeito tem que roubar mesmo, todo político rouba, por que ele não pode?”. Esse tipo de pensamento é de pessoas que apóiam a corrupção. De pessoas que parecem não saber que falta faz a população pobre dos dez mil reais que o prefeito rouba da saúde, enquanto muitos estão nos hospitais doentes e até morrendo sem ter médicos para atendê-los e remédios para que eles possam ser curados.

Muito se fala que o Brasil não tem leis, não tem um Código Penal com leis severas. Porem, quem fala isso não conhece devidamente o nosso Código Penal. No Brasil há sim leis contra a corrupção. Pode-se citar como exemplo do Código Penal brasileiro o Artigo 317 que diz assim:
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

Pena - reclusão de um a oito anos e multa.
No entanto, ter lei e cumprir a lei são atos diferentes. Nós temos leis mas as leis que temos em nossa Constituição e no Código Penal não são usadas como se deve. A muitas leis, mas poucas atitudes, poucas resoluções nos casos de corrupção. Toda vez que aparece um caso novo na corrupção política brasileira muitos falam, criticam, mas nada é feito, nada é mudado. A justiça não é justa, não resolve o caso como se deve, nunca condena esses políticos ladrões.

Na sociedade brasileira quem manda é quem tem dinheiro. E nos casos dos políticos, isso para eles é o que não falta. Dinheiro que é da população brasileira é roubada por políticos para beneficiarem a si próprios. O Brasil é um país onde muitos têm nada e poucos têm muito. Como quem manda é quem tem dinheiro, quando se descobre casos de corrupção o político acusado corrompe e suborna o juiz responsável pelo seu julgamento, suborna todos que precisar para ele ser inocentado e continuar no governo de nosso país roubando o máximo que puder.

A corrupção sempre existiu na política brasileira. Se verificarmos o histórico político do Brasil, veremos em todos os mandatos de presidente algum caso de corrupção. Quem não se lembra de Fernando Collor? Na Era Color o Brasil passou por uma das maiores era de corrupção no governo brasileiro. Foram descobertas várias irregularidades no governo e uma grande rede de corrupção. Por fim, Collor foi afastado do seu cargo de presidente da república e seus direitos políticos foram cassados por oito anos. E esses casos de corrupção só vem aumentando. O caso de Collor foi resolvido, mas muitos outros casos ultimamente estão acabando em pizza (expressão usada por muitos brasileiros).

Essa atitude da maioria dos políticos só vem cada dia mais prejudicando eu, você, nós. Prejudica toda a população brasileira, todos que dependem dos serviços públicos, que dependem de ser atendido por um médico no hospital, dependem de uma educação de qualidade para todos.

Quando que essa corrupção vai acabar no Brasil? Acho que nunca. Se fosse divulgada a abertura de um novo partido, um partido que fosse contra a corrupção, poucos políticos se aderiam a esse partido. Ia ter poucos “gatos pingados”.

Como disse o famoso Lord Acton, “O poder tende a corromper - e o poder absoluto corrompe absolutamente". Os governantes tem o poder em suas mãos. A palavra já diz, governantes, vem de governar. Eles tem que governar o país com responsabilidade, de uma forma que venha beneficiar a todos e não somente a eles. Mas como eles concentram o poder para si próprio, eles que decidem o que querem fazer. E geralmente decidem se corromper, roubar o dinheiro que deveria ser distribuído na educação, na saúde, na segurança, entre outros.

Nós, como cidadãos honestos devemos lutar para um país sem corrupção. Um país mais justo para com todos, com menos corrupção. Um Brasil melhor para todos, não apenas para quem tem dinheiro. Podemos fazer isso com nossas palavras, com nossas atitudes. Brasileiros, vamos lutar para um Brasil Melhor.

Paola Dias, 08 de abril, 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

Meu Momento
Wanessa Camargo

Você me olha por cima, me trata como menina
Mas não sabe do que eu sou capaz
Eu tenho um sonho, por ele eu vivo
Minha vontade é de ser muito mais...
Mais...
Mais do que filhinha de papai, menina de sociedade
Corro o risco, eu vim de baixo, eu me perco, mas me acho
Sou coragem, sou verdade, sem bobagem, falsidade
Você me viu crescendo e sabe o que eu passei
Sabe de onde eu venho, o quanto eu lutei
O quanto eu me empenho buscando o meu lugar
Pra cantar... Eu vou cantar ao vento
Pra cantar... Mudar seu pensamento
Pra cantar... Antes de me julgar
Ouça o que eu tenho pra falar
Veja o que eu tenho pra mostrar
O preconceito é o maior defeito
Aquela dor que nunca sai do peito
Mas quem é vivo sempre aparece
Sente a pontada, mas depois esquece
Eu sou regida pelo amor, eu tenho a vida pela frente
O jogo apenas começou, eu vou fazendo diferente
Eu sou aquela gaivota que quer sempre melhorar
O jeito de voar
E cantar... Eu vou cantar ao vento
E cantar... Mudar seu pensamento
E cantar... Eu vou cantar ao vento
E cantar... Mudar seu pensamento
E cantar... Antes de me julgar
Ouça o que eu tenho pra falar
Veja o que eu tenho pra mostrar
Ouça o que eu tenho pra falar
Veja o que eu tenho pra mostrar

terça-feira, 24 de março de 2009

Sempre você
Paola Dias

Meu único amor
Meu maior amor
Amor sincero
Amor verdadeiro!

Veio de repente
mas acabou como um suspense.
Não sei como ti esquecer
Acho que isso nunca vai acontecer
Pq foi amor sincero
E único vai ser !

Amor, paixão, amizade
Qual dos três será ?
Ou será os três?
Não sei.
So sei que as vezes me confundi,
Se misturam ou se unem !

As vezes penso que ti esqueci.
Outras vezes lembro de ti.
Nas mordidas com medo,
Nos beiijos roubados,
Nós Ficando em segredo.
Tudo em pouco tempo,
Mas sempre muito intenso !

Anjo meu, More,
meu beijinho mais gostoso, mozinho..
Apelidos guardados na memória,
Sempre em nossa história.

segunda-feira, 9 de março de 2009

La Plata

Jota Quest

Grana suja, 
Grana justa, 
Grana fácil, 
Grana curta, 
Grana pra você comprar ajuda

 Grana sexy, 
Grana vídeo, 
Grana moda, 
Grana vício,
Grana pra você comprar destinos  

Pedágio, plágio 
A grana do tráfico
Suborno, conforto
A grana do jogo 
Grana pra você comprar o almoço

Quanto vale o show? 
Quanto vale o amor? 
Quanto vale então fazer das tripas coração?  

Quanto vale o som? 
Quanto vale a dor? 
Quanto vale a culpa e um pouquinho de atenção? 

domingo, 8 de março de 2009

Soneto à Língua Portuguesa

Havia luz pela amplidão suspensa

no azul do céu, vergéis e coqueirais...
e o Lácio, com fulgores divinais,
abrigava de uma virgem a presença...
Era um castelo de ouro, amor e crença,

que igual não houve, nem haverá jamais...
Onde os poetas encontraram ideais
na poesia nova, n'alegria imensa...
A virgem era a Língua portuguesa,

a mais formosa e divinal princesa,
vivendo nos vergéis de suave aroma!
Donzela meiga que, deixando o Lácio,

abandona os umbrais do seu palácio,
para ser de um povo o glorioso idioma!...

(Publicado no Livro Gota de Orvalho, de Waldin de Lima, poeta gaúcho, no ano de 1989)
Viajar pela leitura

Viajar pela leitura

sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos.
É uma pena que só saiba disso
quem gosta de ler.
Experimente!
Assim sem compromisso,
você vai me entender.
Mergulhe de cabeça
na imaginação!

Clarice Pacheco