domingo, 8 de março de 2009

Soneto à Língua Portuguesa

Havia luz pela amplidão suspensa

no azul do céu, vergéis e coqueirais...
e o Lácio, com fulgores divinais,
abrigava de uma virgem a presença...
Era um castelo de ouro, amor e crença,

que igual não houve, nem haverá jamais...
Onde os poetas encontraram ideais
na poesia nova, n'alegria imensa...
A virgem era a Língua portuguesa,

a mais formosa e divinal princesa,
vivendo nos vergéis de suave aroma!
Donzela meiga que, deixando o Lácio,

abandona os umbrais do seu palácio,
para ser de um povo o glorioso idioma!...

(Publicado no Livro Gota de Orvalho, de Waldin de Lima, poeta gaúcho, no ano de 1989)

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